Antonio Dias
Sobre o artista
Campina Grande, 1944
Nos anos 1950, Antonio Dias muda-se da Paraíba para o Rio de Janeiro. É quando desenvolve seus primeiros trabalhos sob orientação de Oswaldo Goeldi. Antonio Dias esteve presente ativamente nos movimentos de vanguarda dos anos 1960 e 70, e participou de exposições como Opinião 65 e Nova objetividade brasileira; assinou a Declaração dos princípios básicos da vanguarda, ao lado de outros artistas como Hélio Oiticica e Lygia Pape, defendendo a liberdade de criação e o uso de uma nova linguagem, em um momento de tensão política no Brasil. Em 1966, inicia a série The Illustration of Art, trabalho que marca sua carreira e posiciona Dias como um artista que une a poesia concreta e o neoconcretismo de seus antepassados a uma pesquisa conceitual bastante particular. Na década de 1970, além de ganhar a bolsa Guggenheim, o artista viaja ao Nepal, onde aprende técnicas de produção em papel artesanal que são integradas ao seu trabalho. Simultaneamente, mune-se das mais diversas mídias para desenvolver suas obras: os trabalhos de Dias em vídeo, fotografia, escultura, gravura, audioarte, instalação e objetos têm a mesma força poética que as pinturas, sempre presentes e de crucial importância no decorrer de sua trajetória.
O artista ganhou bolsas e prêmios de importantes instituições, e morou em diversos países. Tendo participado de quatro edições da Bienal de São Paulo (16ª, 22ª, 24ª e 29ª), sua obra ainda esteve presente na 1ª Bienal do Mercosul, 12ª Bienal da Turquia, 39ª Bienal de Veneza e na 8ª Bienal de Paris, quando ganhou o prêmio de pintura. Suas obras integram coleções particulares em todo o mundo e coleções públicas como Museum of Modern Art – MoMA (EUA), Daros Foundation (Alemanha), Itaú Cultural, MAC – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, entre outras.